Ausência e morte de árvores agravam calor em pontos da área central de Campo Grande

Ausência e morte de árvores agravam calor em pontos da área central de Campo Grande

O ponto mais quente da cidade é a rua Barão do Rio Branco com a rua Rui Barbosa, na região central. Meteorologista e doutor em ecologia explicam fatores.


Na semana da árvore, o MSTV exibe reportagens que mostram a importância das árvores para o bem-estar. No Centro de Campo Grande, tem um ponto que faz muito calor, tudo porque há falta de áreas verdes e também porque as árvores que estão plantadas estão morrendo. É o que mostra reportagem exibida nesta segunda-feira (18).
O ponto mais quente da cidade é a rua Barão do Rio Branco com a rua Rui Barbosa. O meteorologista Natalio Abrahão Filho afirmou que há vários fatores que contribuem para que as temperaturas médias nesse local sejam mais elevadas do que em outros da capital sul-mato-grossense.
“Principalmente considerando-se a vegetação, que está em fase de falência e não traz equilíbrio térmico necessário. Segundo, os prédios não permitem que a predominância do vento ocorra paralelo a uma outra rua. Terceiro, o fluxo de veículos pesados que usam óleo diesel, que é um componente muito substancial para a elevação da temperatura. E por último, o conjunto de prédios e vegetal no seu contexto, eles não permitem que as temperaturas se estabilizem”, detalhou o meteorologista.
Não é que a cidade seja pouco arborizada, a questão e o planejamento, segundo o doutor em ecologia Ademir Morbeck.
“Tem muito problema com arborização. A gente tem muitas espécies erradas, muitas que estão morrendo, e tudo isso é resultado da má escolha das espécies a serem plantadas e da falta de cuidado na hora de você construir uma calçada, por exemplo. Se olhar ao redor, vemos árvores morrendo por dois motivos principais. Primeiro, que são árvores de grande porte embaixo da fiação elétrica, árvore cresce e você tem que cortar, ela enfraquece e começa a morrer. Segundo, as calçadas sufocam o tronco porque você coloca cimento em cima do tronco praticamente. Isso enfraquece a árvore. Então as árvores começam a morrer, perdem a copa e, consequentemente, deixam de exercer a função que é proteção contra o sol e liberação de umidade do ar”, explicou Morbeck.

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